Remo Paralímpico ou Para-Remo
A FISA introduziu o Para-Remo no Campeonato Mundial de 2002, em Sevilha (Espanha), onde 38 atletas com mobilidade reduzida competiram no single skiff e no four. No Campeonato Mundial de 2003, em Milão (Itália), houve competição em quatro classes de barcos: PR3 4+ Quatro com Timoneiro, PR2 2X Double Skiff e PR1 1X Single Skiff. Em 2004, no Mundial de Remo Sênior e Campeonatos de Juniores, em Banyoles (Espanha), 66 remadores participaram. O Brasil se fez presente com a participação de um atleta, o remador Moacir Rauber, que disputou a prova single skiff. Em abril de 2005, o Comitê Paralímpico Internacional anunciou que o Para-Remo seria incluído oficialmente no programa dos Jogos Paralímpicos de Beijing 2008.
Remo Paralímpico ou Para-Remo, normatizado pelo CPB “Comitê Paralímpico Brasileiro”, é a prática de Remo por pessoas com deficiência ou limitação física, visual e déficit intelectual, que tenham mobilidade mínima de braços, incluindo paraplegia, quadriplegia, Síndrome de Down, cegueira, deficiência visual, esclerose múltipla e paralisia cerebral.
O Para-Remo cria instrumentos facilitadores junto ao barco e remos para que o aluno possa remar utilizando toda musculatura capaz de ativação, a fim de que o barco navegue de maneira ágil e segura em ambiente saudável junto a natureza.
A nível competitivo, a CBR “Confederação Brasileira de Remo” segue as regras da FISA, “Fédération Internationale des Sociétés d’Aviron”, entidade que gerencia o Remo no mundo e descreve três categorias Paralímpicas;
Classificação:
Todos nos envolvidos com esporte sabemos que o sistema de classificação deve existir para garantir uma competição justa. No Remo Olímpico até então há classes para homens, mulheres, equipes mistas, peso leve e pesado, para juniores e seniores.
No Para Remo também há classes para promover competições justas e possibilitar que pessoas com diferentes níveis de mobilidade possam participar.
As provas Paralímpicas são realizadas em 2000 metros com 6 barcos participantes em cada prova.
O barcos possuem adaptações para que o remador desempenhe seu melhor potencial, como também há desenvolvimento de órteses e próteses que facilitam a pratica segura do Para-Remo.
Há três classes no Para-Remo, onde cada uma tem sua elegibilidade baseada no grau de mobilidade e no nível de comprometimento, sendo que um remador de menor mobilidade pode competir em uma classe de maior mobilidade, sendo elas; classe PR1 (Braços e ombros), PR2 (Tronco e braços), PR3 (Pernas, tronco e braços).
PR1 (Braços e Ombros)
Remada somente com o movimento de ombros e braços, de acordo com a classificação FISA, sendo obrigatório o uso de assento fixo suporte para as costas, faixas de segurança e flutuadores auxiliares posicionados nas braçadeiras.
“PR1 1X” – Single Skiff – Categoria Paralímpica – Barco de palamenta dupla formado por um homem ou uma mulher.
PR2 (Tronco e Braços)
Remada com movimento de tronco e braços, usando um assento fixo para remadores com pouca ou nenhuma mobilidade nos membros inferiores de acordo com a classificação FISA.
“PR2 2X” – Double Skiff Misto – Categoria Paralímpica – Barco de palamenta dupla formado por um homem e uma mulher.
“PR2 1X” – Single Skiff – Categoria não Paralímpica* – Barco de palamenta dupla formado por um homem OU uma mulher.
PR3 (Pernas, Tronco e Braços)
Remada com movimento de pernas, tronco e braços, como no Remo Olímpico, onde a guarnição é formada por remadores com mobilidade de pernas, tronco e braços, sendo dois tipos de barcos de competição;
“PR3 Mix4+” – Quatro com timoneiro Misto. Categoria Paralímpica – Barco de palamenta simples formado por dois homens, duas mulheres, dois deficientes visuais, e um timoneiro.
“PR2 Mix2X” – Double Skiff Misto. Categoria não Paralímpica* – Barco de palamenta dupla formado por um homem e uma mulher.
*As competições de categorias não Paralímpicas acontecem em Mundiais de Remo e Copas do Mundo.